A Bielorrússia recebeu o primeiro lugar de pior país relativamente à crueldade animal. O estudo foi conduzido pela Voiceless The Animal Protection Institute, em que os pesquisadores compilaram uma lista de 50 países que representam 80% dos animais explorados para consumo no mundo.
A Voiceless baseou-se em três aspectos para calcular o índice de crueldade animal dos países listados:
O sub-índice “Produzir Crueldade” (P) avalia os países com base no número de animais usados para consumo que são abatidos todos os anos, embora reconheça que a forma como os animais são tratados difere de país para país;
O sub-índice “Consumir Crueldade” (C) avalia os países com base no consumo de animais, combinando a proporção de proteína vegetal e proteína animal consumidas com o número de animais consumidos em cada país, numa base per capita;
O sub-índice “Sancionar a Crueldade” (S) avalia os países com base nas suas atitudes sociais e culturais em relação aos animais, conforme reflectido na qualidade das estruturas legislativas e reguladoras adoptadas para proteger os animais.
Totalizando 143 pontos, numa escala de 1 a 50 (sendo 50 a pior), a Bielorrússia atingiu os 50 na categoria “Produzir Crueldade”, 43 em “Consumir Crueldade” e 50 em “Sancionar a Crueldade”. Resumindo, o país apresentou um alto nível de produção animal, um alto consumo de produtos de origem animal e a ausência de praticamente qualquer lei de protecção animal. Por causa da última, a Bielorrússia recebeu um “G” no Índice de Protecção de Animais, que é a de pior desempenho na categoria (S). A classificação vai de “A” a “G” e a Bielorrússia foi o único país europeu da lista a ter o posição mais pobre. A seguir ficou a Rússia, com um “F”, a Ucrânia e a Turquia, ambas com um “E”.
Nos piores lugares também estão, respectivamente, os Estados Unidos da América (118), Venezuela (117), Rússia (115), Irão (115), Canadá (111), Austrália (109) e Brasil (106). Nos antípodas está o Quénia (27), país que produz e consome menos animais do que a média global. Quanto às leis de protecção animal recebeu um “D”, tido como mediano.
Portugal não está na lista... mas e se estivesse?
Tendo em conta que criamos animais para serem exportados para outros países, temos um elevado consumo de produtos de origem animal e as leis existentes só protegem animais de companhia (cuja execução das mesmas é morosa ou ineficaz), provavelmente Portugal não ficaria bem colocado. Além disso, eventos com extrema crueldade animal são legalmente permitidos, como a tauromaquia. Como se isso não bastasse, duas localidades conseguiram um regime de excepção para os touros de morte: Barrancos em 2002 e Monsaraz em 2014.
Antes dessa permissão, em Monsaraz matava-se o touro ilegalmente e, mesmo com a identificação dos infractores, nada impedia os populares de continuar com o bárbaro costume no ano seguinte. Preferir abrir uma excepção a controlar uma transgressão já é um claro indicador do menosprezo político em relação à vida, dignidade e bem-estar dos animais. Juntamente com leis de protecção animal pobremente aplicadas, é claramente óbvio que a legislação portuguesa fica mais tempo no papel e quase nunca passa para a prática, o que de certeza pesaria na avaliação do país se este tivesse marcado presença na lista.
Notícia traduzida e adaptada do Livekindly.
Imagem: Google
Antes dessa permissão, em Monsaraz matava-se o touro ilegalmente e, mesmo com a identificação dos infractores, nada impedia os populares de continuar com o bárbaro costume no ano seguinte. Preferir abrir uma excepção a controlar uma transgressão já é um claro indicador do menosprezo político em relação à vida, dignidade e bem-estar dos animais. Juntamente com leis de protecção animal pobremente aplicadas, é claramente óbvio que a legislação portuguesa fica mais tempo no papel e quase nunca passa para a prática, o que de certeza pesaria na avaliação do país se este tivesse marcado presença na lista.
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