Pela primeira vez Maisie, uma vaca salva de uma fazenda de lacticínios, pode finalmente ser mãe sem ter o seu filho levado para longe de si. Antes de ser resgatada, deu à luz três vezes e em todas elas teve os seus filhos retirados e vendidos.
Felizmente, todo o sofrimento pelo qual Maisie passou tem os dias contados. Devido a problemas de saúde e idade avançada, o fazendeiro deixou de conseguir cuidar da quinta e decidiu encerrá-la. Todas as outras vacas foram vendidas num leilão à excepção de Maisie, que foi encaminhada para o Poplar Spring Animal Sanctuary.
“Maisie era especial para este agricultor, pelo que ele concordou em deixá-la viver e ir para um santuário”, escreveu Terry Cummings, fundador do refúgio para animais “de quinta” e animais selvagens. “Quando ela era jovem, pulava a cerca para o quintal do fazendeiro e brincava com os cães. Ela também adorava as pessoas e seguia-as para todo o lado.”
Foi Grace Froelich, que trabalha com a Animal Rescue, Inc. e conhece o fazendeiro, que organizou este novo capítulo na vida de Maisie, levando-a da Pennsylvannia até Maryland, onde a vaca foi recebida com alegria.
“Foi graças a esta vaca que ele [o fazendeiro] percebeu como as vacas são amigáveis e cheias de personalidade”, disse Cummings. “O fazendeiro chegou a derramar algumas lágrimas quando ela estava a ser colocada no reboque.”
Quando Maisie foi resgatada, ninguém sabia que ela estava à espera de um bebé. A maravilhosa descoberta só foi feita dois meses depois, quando a sua barriga começou a ficar proeminente. E foi precisamente na semana passada, no dia 28 de Março, que deu à luz. Justin é o mais novo elemento do santuário e é completamente inseparável da mãe.
Maisie conseguiu a liberdade e a felicidade que estão vedadas a milhões de vacas, escravas do negócio dos lacticínios e da perpetuação do consumo de leite e derivados pelos humanos. Todas essas vacas passam por um ciclo constante de impregnação, gravidez e parto, essencial para que continuem a produzir leite. Os bezerros são separados das mães com poucas horas ou dias de vida, para que não se alimentem do leite. As vacas criam laços maternais fortes assim que os seus bezerros nascem, pelo que a separação forçada constitui uma tortura psicológica que atinge tanto a mãe como o filho.
O destino dos bezerros é determinado pelo sexo. As fêmeas são exploradas como as suas mães, até colapsarem e não conseguirem produzir mais leite: aí, são abatidas e vendidas como carne barata. Os machos são vendidos para a produção de carne de vitela e deixados em estábulos muito apertados. A falta de espaço é o que torna a carne tenra e boa para ser vendida no mercado. 100% destes animais apresentam anemia, tanto pela falta do leite materno como pela fraca alimentação que lhes é dada, visto que a carne de vitela tem de ficar o mais clara possível.
A esperança média de vida de uma vaca no seu estado natural é de vinte anos. Na indústria do leite, uma vaca vive por quatro a cinco anos, autenticamente explorada e escravizada. Um bezerro do sexo masculino só tem alguns meses de vida antes de ser morto para a sua carne ser vendida.
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Notícia via The Dodo
Fotografias do Poplar Spring Animal Sanctuary
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Notícia via The Dodo
Fotografias do Poplar Spring Animal Sanctuary
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