A NOAH, Organização Norueguesa dos Direitos dos Animais, anunciou ontem (14 de Janeiro) que a Noruega vai proibir, de forma gradual, a criação de peles de animais. Foram 28 anos de luta que, finalmente, deram os seus frutos, mostrando como a perseverança é fundamental quando lutamos pelos direitos dos animais.
De acordo com a mesma organização, o governo vai conduzir um desmantelamento controlado e que será finalizado em 2025, ano em que todas as quintas e fazendas de criação de peles serão encerradas. Camilla Björkbom, Presidente da Djurens Rätt (Associação dos Direitos dos Animais da Suécia), frisou como esta decisão é muito importante, tendo em conta os péssimos exemplos dos países vizinhos da Noruega.
Congratulamo-nos com a proposta do Governo sueco de investigar o bem-estar dos animais nas fazendas de peles da Suécia, mas hoje a Noruega mostrou que a proibição da criação de peles é possível. É uma óptima notícia, não só para os animais que ainda não nasceram e ainda não foram mortos pelas suas peles, como também é um bom exemplo para a Suécia.
Björkbom também referiu outros países europeus que baniram a produção de peles, como o caso da República Checa, acrescentando que a Noruega está a transmitir uma importante mensagem juntamente com os países que descontinuaram a criação de peles.
Na Europa, também a Croácia decretou a proibição desta crueldade contra os animais. Já na Ásia, a Índia e o Japão seguiram um caminho similar.
A NOAH, apesar de estar a celebrar este importante marco, vai trabalhar para que o ano do banimento seja mais curto. Veja-se que a Noruega é uma gigante produtora de peles com cerca de 300 fazendas. Só num ano, cerca de 700.000 martas e 110.000 raposas são assassinadas por causa das suas peles.
As fazendas de peles são um autêntico inferno para os animais: dizer que eles vivem lá é um eufemismo que chega a insultar o significado de viver. Assim que nascem, o destino deles está automaticamente traçado pela vaidade humana. Dependendo da prática padrão e do tipo de animal, são electrocutados, afogados, sufocados ou até mesmo esfolados ainda conscientes. Cortar-lhes a língua para que sangram até à morte é igualmente usual.
Notícia via LIVEKINDLY
Fotografia | National Geographic
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