Antes estava sozinho. Agora tem mais de dez mil amigos

Uma bonita história, partilhada com magníficas fotografias e mensagens de sensibilização sobre o abandono dos animais. Golden esperava, no canil municipal de Braga, por alguém que lhe desse amor e o visse mais do que um mero cão rafeiro: Neuza Teixeira e João Fernandes ofereceram-lhe esse amor, adoptando-o em Junho de 2015.

“Em pouco tempo, o Golden tornou-se a maior bênção das nossas vidas. Ao partilhá-la, acreditamos que poderemos ajudar mais pessoas (e animais) a serem felizes”, salienta o casal.

A página, para além de relatar os dias de Golden, questiona o preconceito que ainda existe em relação aos cães sem raça definida, bem como procura transmitir a relevância da adopção como forma de salvar um animal abandonado.

“Tratar bem os animais, dando-lhes carinho, zelando pela sua saúde, levando-os à rua vezes suficientes. Não discriminar os rafeiros, só porque os seus pais eram de raças diferentes. Perceber que a raça não é determinante para um cão ser perigoso, uma vez que isso depende, acima de tudo, da educação. Não tratar os animais idosos como se fossem lixo. Não encarar as férias como uma oportunidade para se descartar os nossos fiéis amigos. Perceber que ajudar animais é legítimo, e não um desvario de quem devia ajudar pessoas pobres, em vez de gastar tempo e recursos com a causa animal. Todos eles parecem silogismos óbvios, de senso comum.

Contudo, tanto durante, como antes de termos adoptado o Golden, ouvimos muitas pessoas a apregoarem ideias como “os rafeiros não prestam”, “só gosto de cães bebés, quando crescem já não são giros”, “todos os pit bulls são perigosos”, “quem tem animais de estimação tem de ser rico, ter uma quinta, ou privar-se de férias e de uma vida confortável” ou “as associações e pessoas que ajudam animais têm as prioridades trocadas, deviam fazer algo de realmente útil”.

Estupefactos com tais concepções, decidimos rebatê-las. Demonstrar que essas falácias não fazem sentido. Como? Através da vida de um cão. Um cão que, em apenas 1 ano, teve o condão de nos mostrar um amor que nos marcará para sempre. O Golden.”

Neuza Teixeira e João Fernandes