Muitas pessoas desenham mentalmente uma vasta paisagem rural cheia de tons verdes e azuis, onde as galinhas são deixadas ao ar livre enquanto debicam no chão e sacodem as asas ao sol. Automaticamente, a compra e o consumo de ovos é classificado para essas pessoas como natural e inofensivo, já que o bem-estar animal é completado pela dignidade, pela liberdade e pela preservação da vida dos animais: afinal, as galinhas não necessitam de morrer para dar ovos.
Essa concepção errada começa prematuramente, quando na escola ou em casa são ensinados os vários animais de quinta às crianças com a ajuda das instruções devidas: os porcos e as vacas sorridentes numa quinta colorida com as galinhas empoleiradas nos seus dorsos. A imagem passada fica retida até a uma provável ruptura através da informação correcta. Infelizmente, tal informação é forçadamente ocultada pelas empresas que lucram com a exploração dos animais, tornando-a quase inacessível já que quase ninguém procura questionar sobre o que está a comer. Assim, expandir a verdade é meio caminho andado para o cair do pano e revelar a realidade nua e crua que é a indústria de criação intensiva.
As quintas rurais são um conto de fadas. As galinhas transformam-se em meros objectos manufacturados e passam a curta vida delas num espaço fechado, cuja luminosidade é constantemente manipulada, o que as desorienta e as adoece. Geralmente, as galinhas são privadas de sono através do uso de luz intensa por mais de 24 horas na primeira e segunda semanas, para que seja incentivado o aumento de peso: como são animais diurnos, não descansarão e continuarão a alimentar-se ao longo desse tempo. Depois desse período, a luz é reduzida ou até mesmo desligada, na convicção de que as galinhas estão dispostas a alimentar-se melhor após um período de sono.
Galinhas numa indústria espanhola. Os seus bicos estão cortados para que não partam os ovos. Fotografia: We Animals
Devido ao nervosismo mórbido que este tipo de instabilidade e condicionamento acarreta para os animais, muitos produtores optam por cortar o bico das aves – o chamado debeaking, traduzido literalmente como debicar. Introduzida em São Diego nos anos 40, consistia primeiramente em queimar a parte superior dos bicos das galinhas, que rapidamente foi substituída por equipamentos especializados para o efeito, com forma de guilhotina e armados com lâminas quentes. O bico do animal é introduzido no instrumento e a lâmina quente corta-lhe a extremidade.
O debicar das aves serve para evitar o canibalismo, a auto-mutilação e que os animais biquem os preciosos ovos. São atitudes altamente contrastantes com os comportamentos naturais das galinhas, que são extremamente dóceis e sociáveis. No entanto, num ambiente totalmente artificializado como este, tornam-se agressivas ao ponto de atacarem as outras galinhas, magoarem-se a elas próprias e destruírem os ovos.
Os pintainhos que nascem dos ovos são imediatamente segregados pelo seu sexo: os machos, por não terem “valor comercial”, são deitados fora. Algumas companhias gaseiam as pequenas aves, mas a maioria prefere livrar-se delas colocando-as num saco de plástico, matando-as por asfixia. Outros são atirados para uma máquina que os tritura vivos; deste modo servem de alimento para as outras galinhas e também são aproveitados para a confecção dos famosos nuggets. 160 milhões de aves são mortas anualmente nas condições acima apresentadas, somente nos Estados Unidos.
Pintainhos machos prestes a ser triturados vivos. Como não põem ovos são inúteis para esta indústria, pelo que são imediatamente descartados. A maioria não atinge sequer 24 horas de vida. Fotografia: Animals Australia
As frangas — chamadas assim quando ainda não estão aptas a pôr ovos — são confinadas em espaços fechados ou deixadas em gaiolas. A criação destes animais em gaiolas é designada como battery cages. Ao longo do tempo os produtores aperceberam-se que podiam juntar mais galinhas numa só gaiola e assim obter mais espaço – ou seja, sinónimo de mais produção e menos perda de tempo na supervisão.
As gaiolas são, na maior parte das vezes, empilhadas umas por cima das outras, o que faz com que as galinhas que se situam nas linhas mais inferiores levem com os excrementos das outras. Nas filas, as gamelas são enchidas automaticamente com comida e água. As gaiolas têm um pavimento inclinado de arame: essa inclinação dificulta bastante o equilíbrio dos animais, mas permite que os ovos rolem até à parte dianteira da gaiola, onde podem ser facilmente recolhidos. O arame também acaba por ser um obstáculo já que as galinhas não estão habituadas a tal material, o que provoca ferimentos muitas vezes graves.
Galinhas poedeiras numa indústria australiana. As galinhas não se dão bem com um solo feito de arame, pelo que não têm muito equilíbrio e movimentação. Ferimentos e até amputações são o resultado. Fotografia: We Animals
A alimentação é basicamente forçada e repleta de antibióticos e hormonas, o que acaba por ser prejudicial para a saúde do ser humano.
Após um ano de tortura intensa, as galinhas são consideradas "inúteis" e abatidas. Os seus corpos são desfeitos de modo a esconder as nódoas negras, as penas e as fezes dos consumidores. Muitas são incluídas em rações para outros animais de criação.
Um ovo é igual a:
• 2 colheres de sopa de amido de batata (eficiente para dar liga a massas);
• 1/4 de chávena de ameixas secas e amassadas;
• 1/4 de chávena de puré de maçã (ideal para sobremesas);
• 1 banana amassada. Recomendado para dar uma textura mais grossa a sobremesas. Se desejarem uma textura mais fina é só adicionar meia colher de chá de fermento;
• 2 colheres de sopa de água + 1 colher de sopa de azeite + 2 colheres de chá de fermento;
• 1/4 de chávena de puré de batata (para dar liga);
• 1 colher de sopa de semente de linhaça em pó + 3 colheres de sopa de água. Deixar os ingredientes em lume brando até ferver;
• 1 colher de sopa de ágar-ágar em pó + 1 colher de sopa de água. Bater a mistura, deixar arrefecer no frigorífico e bater de novo.
• 1/4 de chávena de ameixas secas e amassadas;
• 1/4 de chávena de puré de maçã (ideal para sobremesas);
• 1 banana amassada. Recomendado para dar uma textura mais grossa a sobremesas. Se desejarem uma textura mais fina é só adicionar meia colher de chá de fermento;
• 2 colheres de sopa de água + 1 colher de sopa de azeite + 2 colheres de chá de fermento;
• 1/4 de chávena de puré de batata (para dar liga);
• 1 colher de sopa de semente de linhaça em pó + 3 colheres de sopa de água. Deixar os ingredientes em lume brando até ferver;
• 1 colher de sopa de ágar-ágar em pó + 1 colher de sopa de água. Bater a mistura, deixar arrefecer no frigorífico e bater de novo.
Não alimentem o sofrimento e risquem o consumo de ovos da vossa alimentação.
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Recursos utilizados:
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Recursos utilizados:
Libertação Animal, Peter Singer
Via Óptima
What's Wrong With Eggs? The Truth About The Egg Industry, Erin Janus
21 Things the Egg Industry Doesn’t Want You to See
The Egg Industry, The Vegan Society
12 Egg Facts the Industry Doesn’t Want You to Know, Free From Harm
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Consumo de ovos industriais, caseiros e de galinhas ao ar livre
Ovos / Galinhas criadas ao ar livre
Actualização: Setembro de 2018
Primeira imagem | Souvik Pradhan
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